Um pra um
é fácil não, mas basta quase sempre.
Um mais
um vai de dois, três...
Quantos a
falta de juízo permitir.
É porque
pra hoje bastaria um mais um ser dois.
Mas tem
dupla que se anima e vai pra mais e mais.
É bom o
tempo quando um e um sentem sol,
depois
lua,
o sono
chega pra um e um ao mesmo tempo,
vem como
descanso bom depois de muito suor.
É nesse
tempo bom que surgem os desejos de multiplicar.
Mas nem
sempre orna.
Tem vez
que chove aqui e lá, sol.
Tem vez
também que inunda mesmo aqui e lá, secura total.
Nesse
tempo, bom também, apesar de mais difícil de perceber,
Um é só
um mesmo.
Esse
espaço de ser deveria ser bem guardado,
quase
sagrado
Assim,
quando em comunhão, um poderia ser dois sem deixar de ser um.
Mas os
olhos parecem ter visão confusa ao perceber os espaços.
Os
limites se confundem – meu amor, minhas linhas, nosso corpo, meu.
Então vem
o inevitável fragmentar-se, com dor aguda e profunda,
de ir aos
poucos desfazendo-se de nós entre um e dois e os que vieram depois.
A voz que
se impõe ao olhar pode cegar.
Os
limites são tênues, mas não os desejos.
Ser dois
é fortalecer o indivíduo.
Sem um
não há compartilhar possível, mas apenas doar e receber.
Desejos
desencontrados, escolhas em oposição
Contraposição
Cada ser tem sonhos a sua maneira
Um em
busca de si mesmo, sua própria unidade de reconhecer-se um.
Separação
e reintegração.
Isso há
de responder.
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