É bom dar
um tempo. Essa pausa para olhar as meninas e curtir um samba, tipo praia.
Da
correria se escapa em poesia e o que vai por dentro e a faz brotar não precisa
mesmo ser compreendido pelo leitor.
Engraçado
saber que até quem já te conheceu bem, hoje te lê e nada sabe.
Louco
pensar que há pouco alguém te lia no desejo de te conhecer mais e mais e de
repente não lê mais, porque parou de desejar.
Acalma
saber que a vida corre em ciclos, por mais chavão que seja – e é, mas fazer o
quê? Vive-se assim e boa.
As
histórias variadas se parecem tanto, personagens que assumimos de eus tão
iguais. A vida é mesmo teatro_ e que desejo de público... Fazer dos sentimentos
personagem de um reality, fazer dos pensamentos objeto de enquetes.
Privacidade
mesmo é o sono profundo daquilo que não revelamos nem para nós mesmos.
Agora
mesmo, quando já não sou tão antiga e prefiro dormir pouco a perder a música
severina, sinto o amor por amar_ esse amar é múltiplo, cheio de cores e sons,
uns bem novos, outros muito perenes, mas todos cabendo bem.
A própria
história e as tantas outras que assistimos e esbarramos.
Quanto
menos eu, mais nós. Quanto mais nós, mais eu.
Rede de
histórias a crescer humanidade.
Se não
tenho nós, não escapo e naufrago.
Mesmo
sendo tão marítima, hoje prefiro voar.