terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

2 de fevereiro



um círculo de água bem salgada se expande e nos toma
cristalinas, somos ondas de marés oscilantes
é Lua a nos guiar, é areia a nos delinear, é vida a nos preencher
seres são todos feitos de água
no sal nos reunimos e somos um com a água
nessa unidade fazemos festa
e a festa é nosso levante
é o mar, tão primário em sua repetição de ciclos,
que mostra a originalidade na revolução que não reproduz padrão algum
e assim, de sua existência pura e simples, aponta para o novo

em Aruanda fui Mama Kalunda
noutros tempos fui antiga
mas nessa festa de Iemanjá,
como o sorriso fácil de Helena,
sou muito jovem, menina mesmo
e vejo a novidade de novas possibilidades de celebração