na verdade é só bagunça mesmo. essa que fica do lado de fora e confunde o olhar, os passos, confunde tudo.
ah, e é chato mesmo ter que arrumar, separar o que é dali o que é daqui. trabalhoso, demorado...
mas conforme vai espaçando, vai abrindo espaço novo pra pisar e firmar, o rio volta a fluir e a vida segue.
porque é assim de viver mesmo, não é? deixa um dia vir depois do outro, o que sobra vai ficando e ocupando espaço que serviria ao outro dia... quando da angústia de não se ter onde pisar, o desejo se transforma em ação e tudo se organiza, pra dentro, pra fora.
hoje melhor, amanhã pior, depois quem sabe...
e aquilo que tem bem dentro permanece em segredo, não confunde com o que vai pra fora, na vida, pois a ela não pertence.
o interior é escuramente seguro.
o íntimo sou um eu diferente, liberto do corpo ar e fixado nele matéria quente, sente prazeres do indizível.
e quando da raiva de não conter tudo em mim, só o silêncio alivia com o tempo que deve levar.
depois passa, volto pro sol e fica tudo bem, como deve ser a rotina dos que vivem... bem.
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